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Introdução alimentar do bebê: 7 dicas para começar

A introdução alimentar é uma das fases mais complicadas na primeira infância. Ela começa por volta dos seis meses de idade, quando o bebê passa a consumir alimentos sólidos além do leite materno e/ou das fórmulas. É nessa época que a criança é apresentada a diferentes sabores, como o ácido de uma fruta, o doce de um iogurte, o amargo e o salgado. A partir daí, elas começam a desenvolver o próprio gosto e predileção.

É fundamental que toda essa introdução seja feita com acompanhamento do pediatra, para que ele possa avaliar se a criança de fato está sendo nutrida e o que pode ser mudado no projeto alimentar. Apesar disso, mesmo com a orientação médica, é super comum que pais e responsáveis se sintam perdidos na hora de oferecer novos alimentos para os bebês.

E se você também se sente assim, não tem problema! Neste artigo, vamos te dar 7 dicas para começar a criar uma rotina alimentar de forma fácil e tranquila para o seu bebê. Vamos lá?

Sinais de prontidão para introdução alimentar

Além de estar atento à idade da criança (geralmente 6 meses), os pais também precisam identificar alguns sinais que indicam que ela está pronta para começar a introdução de novos alimentos. Isso porque cada bebê é único e terá o seu próprio ritmo de desenvolvimento.

Por isso, não se desespere se aos seis meses seu filho não estiver pronto para experimentar outros alimentos. Com muita calma e paciência é possível tornar esse processo mais divertido e menos traumático. Com isso em mente, fique atento a esses sinais:

  • Controle da cabeça e do tronco: observe se o bebê consegue sustentar a cabeça e o tronco sem apoio, sentando de forma “reta” em uma cadeira de alimentação. Isso ajudará e muito na hora de alimentá-lo

Interesse pela comida: se a criança já demonstra curiosidade pela comida que os adultos ou outras crianças estão comendo, observando-os durante as refeições e tentando pegar os alimentos, então, este é um bom sinal de que ele já está preparado para experimentar novos sabores.

  • Abertura da boca e perda do reflexo de extrusão: quando o neném já consegue abrir a boca quando a comida se aproxima e perde o reflexo de empurrar a língua para fora, isso significa que ele já está pronto para conhecer alimentos sólidos.
  • Coordenação olho-mão-boca: o desenvolvimento da coordenação motora também é muito importante na hora de começar a introdução alimentar. Quando o bebê consegue levar os alimentos à boca e realizar movimentos de mastigação, ainda que não tenha dentes, é um indicativo que ele está pronto para comer novas comidas.

7 dicas para começar a introdução alimentar do bebê

Depois de notar que o seu bebê já está pronto para experimentar alimentos sólidos, chegou a hora de partir para a ação. Mas antes de montar o pratinho dele, que tal dar uma olhada nas dicas que preparamos?

1- Ofereça os alimentos em pequenas quantidades

Essa dica pode parecer óbvia, mas é bem necessária. Na ansiedade de fazer o bebê comer logo, é comum que os pais se frustrem quando ele não come toda a comida do prato. Por isso mesmo é importante lembrar que aos seis meses de idade, as crianças ainda têm um sistema digestivo menos desenvolvido e se alimentam de pouquinho a pouquinho.

Sendo assim, ao invés de pressionar o bebê para comer muito, ofereça pequenas refeições em horas espaçadas — de 3 em 3 horas ou um pouco menos — e invista em frutas, legumes, cereais,  e até mesmo proteína animal como carne bovina, frango e ovos.

2- Inicie com um alimento por vez

Outro conselho importante é não mesclar diferentes alimentos na hora de apresentá-los para o bebê. Ao invés disso, escolha um por vez e vá introduzindo na alimentação da criança pouco a pouco. Assim fica mais fácil analisar quais sabores ela gosta e também perceber se a criança apresenta alergia após ingeri-lo.

3- Ofereça alimentos alergênicos

Por falar em alergia, na hora da introdução alimentar também é preciso testar se o bebê tem ou não alergia a alguma comida. Os alimentos considerados mais alergênicos para o bebê são: leite, ovo, trigo, soja, castanhas, amendoim, peixes e frutos do mar. Eles devem ser oferecidos aos poucos, sempre com orientação médica.

4- Ofereça a comida em um ambiente tranquilo

Outro ponto importante que merece atenção é o ambiente onde a criança irá se alimentar. Como a introdução alimentar do bebê leva tempo e exige paciência tanto dos pais quanto das crianças, o melhor é escolher um ambiente calmo e tranquilo para oferecer as refeições. 

Dê preferência para locais silenciosos, limpos e com iluminação adequada. Se possível, invista em cadeiras de alimentação que deixem o neném mais confortável e seguro.

5- Incentive a autonomia

Já que falamos na cadeirinha de alimentação, vale lembrar que ela permite que a criança fique mais confortável e tenha segurança para explorar sua autonomia. Aproveitando tudo isso, permita que o bebê explore os alimentos com as mãos, estimulando assim  a coordenação motora e o desenvolvimento sensorial.

6- Aprenda a lidar com o engasgo

O engasgo da criança é um dos piores pesadelos dos pais e responsáveis, já que se o bebê não for socorrido a tempo ele pode até mesmo falecer. E quando se fala em comidas sólidas o cuidado deve ser redobrado, já que pequenos pedaços de alimentos podem ficar “presos” na garganta da criança.

Para evitar isso, pique os alimentos em pedaços bem pequenos e/ou amasse-os de forma que se tornem uma papinha. Ainda assim, caso o bebê engasgue, aja com rapidez, mas mantenha a calma. Observe se a boca da criança está obstruída e se for possível retire o pedaço de comida que está fazendo engasga-la.

Você também pode inclinar a cabeça dela para baixo e dar cinco tapas firmes entre as omoplatas. Se nada disso funcionar, inicie as compressões torácicas e ligue imediatamente para a ambulância ou o SAMU.

7- Crie uma rotina

Por último, mas não menos importante, criar uma rotina de alimentação é fundamental para fazer com que a criança se adapte melhor à introdução alimentar. Defina horários e aposte em um cardápio variado para conquistar de vez os pequenos pela boca!

E o método BLW?

Talvez você ainda não tenha ouvido falar nestas três letrinhas, mas o BLW se refere à expressão Baby-Led Weaning, ou seja, desmame guiado pelo bebê.

Nesse método, é a própria criança que conduz e protagoniza a sua introdução alimentar. Isso acontece por meio de estímulos do ambiente e de situações favoráveis para que ela assuma o controle. É como se o bebê escolhesse, pouco a pouco, como vai experimentar as novas comidas.

Uma das vantagens dessa metodologia é a promoção da autorregulação da criança, uma vez que ela aprende a identificar quais alimentos consegue comer inteiros e quais precisam ser mordidos, quais sabores gosta, etc. Já entre as desvantagens estão as maiores chances de engasgo, por exemplo.

Por isso, independente do método escolhido é fundamental que pais e responsáveis estejam sempre atentos às crianças durante as refeições.

Conte com quem entende do assunto!

Outra dica importante — tão importante que ganhou um tópico só para ela — é contar com pessoas que realmente possam te ajudar. Uma boa rede de apoio faz toda a diferença na hora de apresentar aos filhos outros tipos de alimento. Além da família, um berçário de confiança com profissionais adequados pode ajudar.

Aqui no ATHENE você conta com uma equipe qualificada para te ajudar em tudo o que for preciso. Também fornecemos toda a alimentação do dia sem custo extra para as famílias. Nosso cardápio é saudável e nutritivo, preparado por nutricionistas. Acompanhamos as orientações enviadas pelos pediatras no processo de introdução alimentar.

Seu bebê terá lanches, almoço, frutas frescas e sucos naturais. Já o jantar não é ofertado para que as crianças tenham a oportunidade de fazer uma refeição com a família.

Ficou animado? Então, venha nos conhecer!  Você pode nos fazer uma visita ou entrar em contato pelo telefone (31) 3392-0585 ou pelo WhatsApp (31) 98397-1914.

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Luis Gustavo

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