Como aplicar o método Reggio Emilia
Você já ouviu falar no método de ensino Reggio Emilia? Ele surgiu na Itália no final da Segunda Guerra Mundial e tem ganhado popularidade no Brasil com o passar dos anos, ao propor que as crianças do ensino fundamental I — aquelas que tem até 10 e 11 anos — devem ser ensinadas de forma que a escuta seja valorizada e que elas possam desenvolver suas habilidades individuais.
Esse conceito foi proposto pelo professor e educador Loris Malaguzzi, que, na época, se ofereceu para elaborar um projeto educacional que estimulava o aprendizado por meio do carinho e do amor, sem excluir a família da responsabilidade de educar os filhos. Atualmente, alguns colégio brasileiros já adotam essa metodologia como forma de ensino.
De forma geral, a abordagem da metodologia de ensino proposta por Malaguzzi é bem simples. Ela visa criar uma forma de ensino humanizada na qual os alunos também tenham poder de decisão e argumentação sobre seu aprendizado. Isso significa que a opinião e os gostos de cada criança é valorizado e elas não são tratadas apenas como uma “massa”.
Apesar de estudarem juntas, é importante lembrar que cada criança é um indivíduo único e que além de ter gostos diferentes, elas aprendem de maneira diferente, e é justamente neste ponto que a abordagem Reggio Emilia se centra.
Outro ponto importante, é que tal metodologia defende que mais do que o ensino de matemática, português, ciências, etc., as crianças precisam aprender e desenvolver habilidades sociais, emocionais e suas capacidades físicas.
A metodologia criada na Itália é centrada em sete princípios básicos que visam estimular a criatividade das crianças e fomentar o aprendizado saudável.
O primeiro é o princípio mais importante e o que norteia todos os outros. Ele determina que as crianças sejam vistas como prioridades, e que o ensino seja um processo de interação entre escola e aluno. O conceito Reggio Emilia é pautado em atividades lúdicas e sensoriais que estimulem o aprendizado de forma divertida, assim como acontece no aqui no berçário ATHENE.
Além das crianças, os professores também são aprendizes, já que, por meio da escuta e da observação, também aprendem com os alunos. Nessa metodologia, o ideal é que tenham pelo menos dois professores por classe, ou pelo menos um professor e um monitor.
Com isso em mente, os professores devem promover a aprendizagem nos seguintes aspectos:
Outro princípio é defender que toda a comunidade tem responsabilidade sobre a vida e a educação das crianças. Sendo assim, é importante fomentar a ideia de uma “escola sem muros” no qual todos serão parte ativa do aprendizado.
Isso vai totalmente a favor de metodologias que estimulem a socialização. Pensando nisso, vale lembrar que ao entrar em um berçário a criança é estimulada a interagir com os colegas e os professores, o que estimula ainda mais o seu processo de conexão com o outro e com a sociedade.
Ainda falando da pedagogia Reggio Emilia, é importante lembrar que a arte ganha papel fundamental na educação. É ela que permitirá a criança se expressar de forma mais livre, exercitar a criatividade e ajudar os pequenos a explorar o mundo.
Nessa abordagem, a criança trabalhará em um ambiente criativo chamado de ateliê, onde serão realizadas atividades como música, contação de história, pinturas, entre outras.
E já que falamos em um espaço físico para desenvolver os pequenos, vale lembrar que todos os ambientes em que a criança está, a estimulam de um modo ou de outro. Malaguzzi afirmava que o ambiente externo tem o poder de iniciar todo tipo de aprendizado afetivo, cognitivo e social, além, é claro, de promover relações saudáveis.
Quando uma criança está em um local que ela se sente bem e relaxada, é muito mais fácil ensiná-la e educá-la. Além disso, ao se sentir segura, a criança desenvolve sensação de pertencimento.
Por isso, mais uma vez é fundamental reforçar como é importante escolher um bom berçário ou creche que aproveite a luz solar, o contato com a natureza (jardins ou gramas), área de brinquedos, etc. Afinal o seu bebê precisa se sentir acolhido, confortável e seguro para conseguir aprender bem, não é mesmo?
Outro princípio da filosofia Reggio Emilia aplicado à educação infantil é que os pais e responsáveis devem participar ativamente da educação de seus filhos. Aqui não tem mistério; os pais devem entender como os filhos estão aprendendo, se estão tendo algum atraso cognitivo, se estão se adaptando à escola/ berçário, etc.
Para que isso aconteça mais facilmente, é preciso uma parceria efetiva entre a escola e os pais, contando com comunicação clara e o mais honesta possível.
Por último, mas não menos importante a abordagem, Reggio Emilia diz que toda a documentação necessária e usada para a educação da criança deve ser guardada. Ela não definirá a trajetória do aprendizado, mas ajudará as gerações futuras a refletir sobre a metodologia aplicada e entender os resultados colhidos.
Como você já viu nos exemplos anteriores, existem várias formas de trabalhar a abordagem criada por Loris Malaguzzi. A principal delas é colocando o foco no educando, ou seja, no aluno e entendendo que ele é parte fundamental desse processo e, por isso, deve ter seus desejos e opiniões validados. Mas como saber se o berçário em que seu filho está, de fato, focando nele?
O primeiro passo é conhecer o local e entender como ele explora os ambientes na socialização e educação de cada criança. Uma conversa franca também ajuda a entender como os pequenos serão ensinados. Neste momento, peça para que expliquem o plano educacional.
Uma escola ou berçário que deseja trabalhar tal abordagem pode seguir alguns dos passos abaixo:
Explorar os diferentes ambientes: levar as crianças para conhecer e aprender na cozinha, no jardim, na sala de brinquedos pode ser uma boa. Fugir da sala de aula ajuda a quebrar a rotina e estimula a criatividade.
Escolher brinquedos diferentes: atualmente um dos grandes desafios dos pais e das escolas é conseguir tirar os filhos das telas, por isso, a dica aqui é investir em quebra-cabeças, brinquedos de madeira e também aqueles em que a criança possa montá-los ou encaixá-los.
Investir em uma comunicação eficiente: não adianta a escola tentar melhorar a metodologia de aprendizado e isolar os pais e/ou responsáveis do que está acontecendo. Investir em rodas de conversas, palestras e sessões de feedbacks sobre os alunos, pode ser bem mais eficiente do que aquele tradicional método de anotar recados na agenda.
Quem pesquisa sobre a metodologia Reggio Emilia pode acabar se deparando com outro nome importante na educação, o de Maria Montessori. De modo geral, os dois métodos fogem do tradicionalismo educacional, mas apresentam algumas diferenças entre si.
No Montessori a criança tem ainda mais autonomia para ditar a forma como irá aprender, e o professor acaba tendo um papel mais coadjuvante. É uma pedagogia na qual o estudante é motivado a desenvolver seus interesses pessoais, e alavancar seu espírito crítico.
Para esmiuçar todos os pormenores e diferenças, será preciso um novo artigo. Por ora, vamos trabalhar com a diferença de autonomia dos alunos e professores.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre as diferentes metodologias de ensino, tenho certeza que ficará mais fácil escolher um bom berçário para o seu filho, não é mesmo? Aqui no ATHENE temos toda a estrutura física que ele precisa para aprender brincando. Além disso, aqui uma equipe de profissionais qualificados estará sempre disponível para cuidar da sua criança.
Por isso, não perca mais tempo e venha nos visitar. Somos um berçário em Contagem- MG e estamos de portas abertas para te receber.
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