Um dos maiores medos dos pais é que seus filhos sofram de seletividade alimentar, ou seja, tenham dificuldade para se alimentarem bem e comerem o maior número de alimentos saudáveis possíveis. Infelizmente isso é mais comum do que se pensa e pode acometer as crianças em diferentes faixas etárias.
Para contornar esse problema, no entanto, é fundamental que os pais sejam persistentes e carinhosos com a criança e, principalmente, não desistam de oferecer diferentes tipos de alimentos à ela.
Pensando nisso e sabendo como o tema é importante, preparamos este artigo com tudo que você tem que saber sobre seletividade alimentar infantil e como tratá-la. Confira abaixo e boa leitura!
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Causas e consequências da seletividade alimentar
Infelizmente ainda não há um consenso do que pode causar a seletividade alimentar na infância, mas alguns indícios podem ajudar os pais a elucidar o caso. Crianças que são apresentadas a diferentes tipos de alimento mais tardiamente, por exemplo, tendem a criar uma resistência contra o "novo" e a não quererem experimentar novos sabores.
Além disso, a pressão para comer (seja comida saudável ou não) pode fazer com que o bebê relacione o momento de se alimentar com uma hora ruim do seu dia, e o que deveria ser prazer acaba se tornando angústia.
Outros motivos que podem gerar ou agravar a seletividade alimentar é introduzir açúcar na alimentação da criança bem cedo. Isso porque o açúcar é uma substância viciante, e o sabor adocicado que ele deixa na boca, faz com que quem consome passe a querer uma dose cada vez maior.
Sendo assim, é mais difícil fazer a criança largar um biscoito recheado, por exemplo, para comer uma salada.
Quer ainda mais motivos? Então, repare na alimentação da sua família. Crianças têm os pais e/ou responsáveis como espelhos e tendem a imitar seus hábitos. É difícil cobrar deles uma alimentação balanceada sendo que em casa os exemplos são outros.
Já falando das consequências, é fácil perceber que uma criança que tem mais restrições para comer tem mais chances de ter um déficit de vitaminas, ferro e outros nutrientes importantes no desenvolvimento físico e mental.
Além disso, vários estudos mostram associação ao risco de baixo peso e também crescimento, mas o contrário também pode acontecer, afinal se o seu filho é viciado em açúcar e deixa os outros alimentos de lado, ele corre mais riscos de desenvolver obesidade e diabetes.
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Seletividade alimentar e autismo: o que tem a ver?
Não é raro encontrar textos na internet que relacionam a seletividade alimentar infantil ao autismo. Isso acontece porque uma das possíveis características de uma criança autista é justamente a inflexibilidade ao experimentar sabores novos.
Vale reforçar também que a seletividade alimentar não diz respeito a escolher um alimento ou outro, mas sim, limitar uma grande variedade de alimentos que come.
De modo geral, pessoas que têm esse tipo de seletividade ignoram grandes grupos de comida, como: cereais e amidos, frutas e legumes, proteínas e até produtos à base de leite.
Também é fundamental ressaltar que não é porque uma pessoa tem seletividade alimentar ou paladar infantil que ela seja autista. O diagnóstico do TEA (Transtorno do Espectro Autista) é muito mais complexo e deve ser analisado por um grupo de médicos especializados no assunto.
Tipos de alimentos para evitar na seletividade alimentar infantil
Se para evitar e combater a seletividade alimentar a dica é oferecer alimentos coloridos, saudáveis e de diferentes formatos e texturas, há alguns que é melhor evitar. O principal deles é o açúcar refinado, presente em biscoitos recheados, doces, gelatinas, e alguns iogurtes. Isso porque além de serem prejudiciais para a saúde física e bucal da criança, ainda criam uma espécie de vício, fazendo que os bebês demandem cada vez mais alimentos doces.
Vale lembrar, no entanto, que o açúcar também está presente em comidas salgadas como ketchups, pães e torradas, amendoim japonês, maionese, caldo de galinha e alguns molhos de saladas, por exemplo.
Mas, então o que dar para o seu bebê comer? Procure sempre alimentar a sua criança com comidas frescas e com menos condimentos possíveis. Ler o código das embalagens pode ajudar a entender quais alimentos são mais ricos em açúcares e gorduras. Além disso, sempre que possível evite alimentos transgênicos (os geneticamente modificados).
Claro que é (quase) impossível blindar os filhos do açúcar, mas comê-lo com parcimônia é o caminho ideal para uma alimentação mais saudável.
Ainda falando em equilíbrio, um ponto importante é não restringir totalmente sua criança, a fim de não fazê-la criar resistência a experimentar novos sabores. Veja bem, se o seu filho vai ao aniversário de um amiguinho, por exemplo, e quer comer alguma bobagem (como cachorro quente), é aceitável deixá-lo experimentar, afinal a alimentação também tem que ser algo prazeroso e divertido.
Pensando nisso, que tal criar eventos para que o seu bebê e os coleguinhas comam juntos? Pode ser um piquenique ao ar livre, por exemplo. Brincando e se divertido, as chances dele experimentar novos sabores será maior.
Qual a idade da seletividade alimentar? Quando devo me preocupar?
Agora que você já sabe com mais clareza o que é seletividade alimentar, fica mais fácil cuidar da sua criança. Mas, atenção, ao invés de se desesperar caso seu bebê não esteja comendo, o melhor é procurar uma orientação médica e/ou de um nutricionista.
Além disso, vale lembrar que a seletividade alimentar acontece, geralmente, a partir dos dois anos de idade, por ser um período no qual a criança começa a ganhar mais autonomia para escolher o que gosta e o que não gosta.
Outra dica importante, é contar com uma rede de apoio para te ajudar nesse momento. Berçários que têm dietas pensadas por nutricionistas, por exemplo, podem ser um excelente auxílio nessa fase tão importante. Aqui no ATHENE temos um profissional especializado para pensar a comida do seu filho. Agende uma visita e venha nos conhecer!
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