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O que é Autismo infantil: Sintomas e tratamentos

Autismo infantil: entenda o que é esse transtorno e a melhor maneira de lidar com ele

Você já ouviu falar em autismo infantil? Sabe como essa condição influencia na vida e no bem-estar da criança? Ainda pouco debatido, esse transtorno é permeado por tabus e preconceitos, mas entender do que se trata é o primeiro passo para combater a desinformação e proporcionar uma qualidade de vida excelente para os portadores.

Então, se você desconfia que o seu bebê seja autista ou quer saber mais sobre esse tema tão importante, fique atento nesse texto que vamos responder todas as suas dúvidas. Vamos começar?

O que é o autismo infantil?

Para começar é preciso entender o que é esse transtorno e como ele impacta na vida de quem o tem. Na verdade, o autismo afeta o neurodesenvolvimento da criança e isso faz com que ela tenha mais dificuldades de se comunicar, interagir socialmente ou tenha ainda alguns comportamentos estereotipados, como balançar as mãos, por exemplo.

Note, no entanto, que a forma como o transtorno se manifesta varia de pessoa para pessoa, e também de acordo com os graus de cada um. Você provavelmente já ouviu dizer que um autista não olha nos olhos quando conversa, certo? Porém é importante saber que não são todos que apresentam essa característica. 

Entender isso é fundamental para combater o preconceito que essas pessoas sofrem. Cada indivíduo é único e respeitar isso é fundamental para o bom convívio social.

Outro ponto importante a ser entendido é que apesar de muitas pessoas ainda usarem o termo autismo infantil para falar do transtorno em de bebês e crianças, desde a última atualização da CID — Classificação Internacional de Doenças, a nomenclatura oficial mudou para TEA, e agora engloba tanto o autismo como a Síndrome de Asperger.

Também é importante entender que o TEA não tem cura e nem tratamento. O que existem são terapias que ajudam a minimizar as características. Terapias comportamentais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e, claro, uma equipe pedagógica adequada podem ajudar (e muito!) a desenvolver a criança com autismo. Já em relação às causas, elas ainda são desconhecidas. Não se sabe se o TEA é influenciado por fatores genéticos ou é algo congênito.

De acordo com um artigo publicado pela Secretaria de Saúde do Paraná, não há uma causa única, “mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais”

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Quais os sintomas do autismo infantil?

Se diagnosticar o autismo é algo tão difícil, então como saber se o seu bebê tem ou não essa condição? Primeiro é importante ressaltar que esse diagnóstico só pode ser cravado por um médico. Na verdade, o ideal é que seja uma equipe especializada contando com psicólogos e psiquiatras, neurologistas.

Vale lembrar ainda que como estamos falando do autismo infantil, muitas vezes serão os professores e/ou pediatras que levantarão as primeiras hipóteses. Eles não são especialistas no assunto, mas por conviverem muito com as crianças têm percepção apurada para perceber possíveis “sinais”. É fundamental lembrar que não existem exames (nem laboratoriais, nem de sangue) que comprovem esse transtorno.

Com isso em mente, é fundamental prestar atenção nas crianças. Fique atento se observar os seguintes sintomas de autismo infantil:

  • Dificuldade na interação social: um dos sintomas mais comuns e que acomete grande parte dos autistas, independente do nível de suporte é a dificuldade de interagir com outras pessoas. Geralmente, eles fazem pouco contato visual, custam a fazer amigos e também a expressar emoções. Note, no entanto, que apenas esse sintoma é suficiente para fechar o diagnóstico, já que pode ser compartilhado com outras pessoas como aquelas que tem fobia social.
  • Prejuízo na comunicação: outro sintoma, que inclusive se relaciona com o anterior, é a dificuldade de se expressar, manter uma conversa ou ainda de ter empatia e compreender o ponto de vista do outro. Além disso, os autistas costumam ser literais e não entendem bem figuras de linguagem, humor ou sarcasmo.
  • Alterações de comportamento: outra característica comum é a dificuldade de ter alguns comportamentos esperados para a infância como brincar, correr, etc. É comum que crianças autistas organizem os brinquedos ou tenham hiperfoco em algum assunto específico, como por exemplo, astronomia.
  • Manias repetitivas: além disso, é comum que as crianças autistas tenham manias repetitivas como ficar balançando o corpo, batendo as pernas, mexendo nas mãos, etc.
  • Não atender a chamados: a partir dos cinco meses de idade, é comum que os bebês respondam quando chamam seu nome e gostem de interagir com as pessoas. No caso dos autistas isso demora um pouco mais para acontecer e é um sintoma de alerta.

Atenção: cada idade mostrará um sintoma de autismo infantil diferente! Como já foi dito, o autismo é um transtorno bem difícil de identificar e, por isso mesmo, deve ser cravado  por um diagnóstico médico. Além disso, não é porque o seu bebê não desenvolve certas habilidades na infância que ele é, necessariamente, autista. O atraso pode acontecer por vários motivos. 

Para ajudar nesse diagnóstico, os profissionais da saúde contam com o Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais, um livro que compila as principais características de sintomas do TEA.

A partir dos  18 meses (1 ano e seis meses) também, é possível realizar no bebê um exame de triagem que se chama M-CHAT, responsável por analisar  23 questões relativas ao comportamento. Depois dos dois anos, os sintomas já se tornam mais perceptíveis.

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Graus do Autismo

Os autistas têm diferentes graus de suporte, isso significa o quanto aquela pessoa precisará de ajuda para fazer suas atividades cotidianas. Vamos entender quais são eles:

Nível 1- leve

Neste grau, o autismo é mais “leve” e a pessoa é praticamente independente, conseguindo realizar todas suas tarefas sem maiores problemas ou dificuldades. Geralmente, os empecilhos ficam por conta da dificuldade em se comunicar. Note, no entanto, que existem várias pessoas autistas de grau moderado que conseguem olhar nos olhos e manter uma conversa fluida.

Nível 2- moderado

Já aqueles cujo grau de suporte é moderado, precisam de alguma ajuda para realizar tarefas diárias (limpar casa, trabalhar, se alimentar, etc.) e também têm mais dificuldades em manter conversas com outras pessoas, especialmente se for um desconhecido. É comum que essas pessoas tenham mais facilidade de falar de temas que lhes interessam, por exemplo.

Nível 3-  severo

Neste caso, o autista praticamente não se comunica verbalmente e precisa de apoio constante para executar as tarefas diárias, como tomar banho e ir ao banheiro.

Para entender como é possível lidar com o autismo e ainda assim ter uma vida comum, conheça alguns famosos diagnosticados com o TEA:

  • Letícia Sabatella (atriz)
  • Sia (cantora)
  • Anthony Hopkins (ator)
  • Elon Musk (empresário bilionário dono do X, antigo Twitter)
  • Greta Thunberg (ativista ambiental)

Como identificar e tratar o autismo infantil?

Como já foi dito, o autismo (tanto o infantil quanto o adulto) não tem cura e nem tratamento e identificá-lo depende da observação atenta e do diagnóstico médico. Mas se o seu bebe faz parte do TEA, há algumas terapias que podem ajudá-lo a se desenvolver:

Terapia ABA: chamada de Análise do Comportamento Aplicada, esse método visa desenvolver os pequenos por meio de princípios científicos que ajudam nos três pontos mais importantes: comunicação, comportamento e habilidades sociais.

Fonoaudiologia: fazer sessões com fonoaudióloga ajuda a desenvolver a fala e também a interagir com outras pessoas

Fisioterapia: é claro que a fisioterapia também é fundamental, especialmente na infância quando o bebe está começando a reconhecer o seu corpo e desenvolver movimentos como caminhar, agachar, e engatinhar. Ela ajuda a desenvolver  essas habilidades além do equilíbrio, força e coordenação motora fina e grossa.

Terapia ocupacional:  conhecida como TO, esse tipo de terapia é focada no autocuidado, na organização pessoal e na socialização da criança.

Psicologia: por meio da terapia com psicólogos e psicanalistas, a criança consegue trabalhar os aspectos emocionais e se desenvolver nesta área. Essa terapia é fundamental especialmente porque os autistas têm ainda mais dificuldade para expor suas fragilidades emocionais.

Como lidar com autismo na educação infantil?

Além dos profissionais citados acima, é importante pensar que as crianças autistas também irão frequentar creches e escolas e, por isso, pensar na maneira como elas serão educadas e no papel destas instituições  é fundamental. Afinal, o que uma creche pode fazer para ajudar um bebê autista a se desenvolver?

O primeiro passo é pensar em uma educação inclusiva, no qual o aluno seja o centro do aprendizado e suas predileções sejam levadas em consideração. Quem já pensou em uma metodologia assim foi o educador Loris Malaguzzi, ao criar o método Reggio Emilia.

Além disso, é importante pensar em uma educação individualizada para essas crianças, já que elas não terão o mesmo ritmo de ensino que os demais e precisarão de algum nível de suporte para conseguirem cumprir as atividades. Por isso, contar com um corpo docente (professores, diretores, monitores) preparados faz toda a diferença! Aqui no ATHENE, por exemplo, contamos com a ajuda de uma psicóloga para cuidar dos bebês e de suas famílias.

E por falar nisso, atividades lúdicas e recreativas como a capoeira baby e a musicalização que promovemos aqui são fundamentais no desenvolvimento pedagógico e emocional dos bebês. Eles ajudam as crianças a se soltarem e se sentirem mais confortáveis para socializar com os amiguinhos.

Indo além, brincadeiras que ajudam no aprendizado e na socialização são importantes para ensinar os pequenos de forma divertida. Eles aprendem a contar, a ler, a entender figuras geométricas, desenvolvem a coordenação motora, o senso de comunidade e muito mais.

Aqui no ATHENE o seu bebê sempre será bem cuidado!

Agora que você já sabe tudo sobre o autismo infantil, ficou muito mais fácil entender como esse transtorno se manifesta e quais as formas de minimizar as suas características. É sempre importante reforçar que os indivíduos são únicos, por isso mesmo que duas ou mais pessoas tenham o mesmo grau de suporte do TEA elas podem ser completamente diferentes.

Também é importante reforçar o quanto uma rede de apoio é importante para essas pessoas. Por isso, no caso das crianças, contar com uma creche de qualidade para cuidar deles é fundamental. Lá, elas serão estimuladas a todo momento e poderão aprender muita coisa nova, além de socializarem com os coleguinhas. 

Aqui no ATHENE você terá todo o suporte que o seu filho precisa e a certeza de que ele será cuidado por profissionais capacitados e amorosos. Além disso, só aqui você tem a tranquilidade de contar com horário estendido (7h às 19h) e de janeiro a janeiro!

Venha nos conhecer! Somos um berçário em Contagem e estamos de portas abertas para te receber. Ah, não se esqueça de ficar de olho no nosso blog e nos seguir nas redes sociais (Facebook e Instagram), assim você ficará por dentro dos assuntos mais importantes sobre educação e saúde infantil.

Luis Gustavo

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